Dimensão ambiental na agenda política da CEPAL: equação ainda pendente
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v58i0.77748Palavras-chave:
desenvolvimento, meio ambiente, sustentabilidade, CEPALResumo
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) é uma referência na configuração de modelos de desenvolvimento na região, desde sua criação, em meados do século XX. Neste ensaio, o objetivo é analisar a forma de incorporar a preocupação com o meio ambiente nas dimensões do desenvolvimento, pregada pela CEPAL, de 2000 a 2020, expressas nos seus principais documentos. Nesse propósito enfatiza-se em que momentos, em que medida e de que forma a dimensão ambiental, com o sentido de preocupação estratégica com relação à natureza, aparece no contexto das preocupações e modelos de desenvolvimento da CEPAL. A pesquisa, caracterizada como qualitativa, descritiva explicativa e com abordagem histórica, foi realizada a partir de análise bibliográfica e documental, com foco em documentos estratégicos produzidos pela CEPAL. Os documentos analisados resultaram dos encontros bienais, nos quais os 44 Estados membros, representantes do sistema da ONU e de organizações não governamentais se reúnem para examinar as atividades realizadas e elencar as prioridades futuras, definindo as estratégias desenvolvimentistas. O resultado da análise evidenciou que as dimensões econômica e social têm sido as principais preocupações da organização, definidas como estratégicas para o crescimento, impulsionado pela industrialização, desenvolvimento tecnológico e pela promoção da igualdade. A dimensão ambiental tomou corpo na agenda cepalina nos anos 2000, sendo pontuada nos documentos estratégicos, porém não com a mesma importância que as áreas econômica e social, constituindo, portanto, uma equação ainda pendente. A atenção com o meio ambiente aparece de maneira subsidiária e espasmódica, pautada por movimentos internacionais; e tardia, como algo almejado e nunca objetivado, a ponto de gerar metas ou indicadores que estimulem a incorporação da dimensão ambiental, como elemento essencial e prioritário para o desenvolvimento de países da região.
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