Transposição do rio São Francisco e a vulnerabilidade sociodemográfica: desafios ao bem-estar da população sertaneja
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v55i0.73381Palavras-chave:
semiárido setentrional, rio São Francisco, Projeto de Transposição, dinâmica demográfica, vulnerabilidade sociodemográficaResumo
O principal objetivo deste trabalho consiste em verificar como a mobilidade populacional decorrente da obra da transposição do rio São Francisco pode intensificar a vulnerabilidade sociodemográfica dos espaços urbanos da Área de Influência Direta (AID) desse empreendimento. O Projeto de Transposição localiza-se no semiárido setentrional do Nordeste brasileiro, espaço marcado pelas frequentes secas e pela desigualdade social e econômica. Originalmente destinado a mitigar os efeitos da seca, o Projeto de Transposição, em parte, traz consigo impactos não somente ambientais, mas principalmente sociais e demográficos. Nesse contexto, a mobilidade populacional é uma das questões demográficas decorrentes do Projeto de Transposição, por ser uma componente capaz de mudar rapidamente o tamanho e a composição da população nas áreas impactadas, que traz preocupações sobre as questões sociais (pobreza e exclusão social). No Brasil, pouco se tem abordado sobre a dimensão dos deslocamentos populacionais em torno da temática dos megaprojetos, ainda mais considerando os aspectos da vulnerabilidade sociodemográfica. Com base em informações do Censo Demográfico de 2010 e no arcabouço teórico de literaturas nacionais e internacionais que versam sobre a temática, buscou-se criar um índice sintético de vulnerabilidade sociodemográfica para analisar os impactos da mobilidade populacional decorrente do Projeto de Transposição. Os principais resultados mostram que o Projeto de Transposição agrava, em certa medida, os desafios a serem enfrentados pela população dos lugares mais próximos aos canais da obra, haja vista a fragilidade de capital humano (saúde, educação) e físico (habitação, deslocamento) dos migrantes residentes na AID.
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