Cenário atual e perspectivas da tilapicultura no estado do Pará frente ao novo marco regulatório da atividade

Autores

  • Leonilton Rodrigues Barbosa da Silva Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
  • Marcos Ferreira Brabo Universidade Federal do Pará (UFPA) https://orcid.org/0000-0001-8179-9886
  • Mayara da Costa Pereira Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
  • Cyntia Meireles Martins Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) https://orcid.org/0000-0002-5695-8504
  • Marcos Antônio Souza dos Santos Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) http://orcid.org/0000-0003-1028-1515
  • Breno Gustavo Bezerra Costa Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
  • Kátia Cristina de Araújo Silva Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

DOI:

https://doi.org/10.5380/dma.v56i0.72881

Palavras-chave:

piscicultura, Pará, espécie exótica, legislação, Oreochromis niloticus

Resumo

Um novo marco regulatório para o cultivo de espécies exóticas em empreendimentos aquícolas no estado do Pará foi estabelecido pela Resolução COEMA n° 143 de 20 de dezembro de 2018. Esta norma jurídica influencia principalmente os produtores de tilápia Oreochromis spp., que desde a publicação da Lei Estadual n° 6.713 de 25 de janeiro de 2005 não tinham como regularizar seus empreendimentos perante os órgãos ambientais. O objetivo deste estudo foi apresentar o cenário atual da tilapicultura no território paraense, bem como discorrer sobre as modalidades de produção adotadas comercialmente e analisar suas perspectivas de regularização frente à nova legislação. Os dados relativos ao número de empreendimentos, produção e valor da produção foram obtidos junto ao IBGE. A caracterização das modalidades de produção ocorreu por meio de observações de campo e entrevistas com piscicultores em dezembro de 2019, contemplando iniciativas de produção em viveiro escavado, tanque-rede e tanque suspenso em sistema de bioflocos. As informações obtidas foram confrontadas com as exigências da nova norma jurídica e analisadas no tocante a possibilidade de regularização. Segundo dados do Censo Agropecuário 2017 havia 3.089 iniciativas de tilapicultura distribuídas em 124 municípios paraense, com a maior concentração ocorrendo nas regiões hidrográficas Tocantins-Araguaia, Amazônica e Atlântico Nordeste Ocidental, respectivamente. Constatou-se que a produção de tilápia foi de 262,8 toneladas em 2018, o que correspondeu a 2% do total estadual e um valor da produção de R$ 2,5 milhões. Dentre as modalidades analisadas, apenas os tanques suspensos em sistema de bioflocos apresentavam viabilidade técnica para atendimento das exigências do novo marco regulatório. Concluiu-se que a tilapicultura é incipiente em volume e técnicas de produção e que o novo marco regulatório diverge das normativas empregadas em estados contidos na mesma realidade hidrográfica.

Downloads

Publicado

2021-05-27

Como Citar

da Silva, L. R. B., Brabo, M. F., Pereira, M. da C., Martins, C. M., dos Santos, M. A. S., Costa, B. G. B., & Silva, K. C. de A. (2021). Cenário atual e perspectivas da tilapicultura no estado do Pará frente ao novo marco regulatório da atividade. Desenvolvimento E Meio Ambiente, 56. https://doi.org/10.5380/dma.v56i0.72881

Edição

Seção

Artigos