O litoral da macrometrópole: tão longe de Deus e tão perto do Diabo

Autores

  • Leandra R. Goncalves Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo (USP) https://orcid.org/0000-0003-1182-418X
  • Luciana Y. Xavier Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo (USP)
  • Alexander Turra Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo (USP)
  • Pedro Henrique Torres Instituto de Energia e Meio Ambiente, Universidade de São Paulo (USP)
  • Silvana Zioni Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão do Território, Universidade Federal do ABC (UFABC)
  • Pedro R. Jacobi Instituto de Energia e Meio Ambiente, Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.5380/dma.v54i0.69275

Palavras-chave:

gestão costeira, planejamento ambiental, estudos regionais, governança ambiental, fluxos socioeconômicos

Resumo

O maniqueísmo do título deste artigo antecipa o interesse em aqui analisar as particularidades da polarização da zona costeira em uma escala espacial mais abrangente. Tal análise é feita sob a ótica do ordenamento territorial, da abordagem ecossistêmica e da governança ambiental, e considera os fluxos e dinâmicas incidentes sobre a zona costeira em um contexto de desenvolvimento sustentável. Por meio do estudo de caso da Macrometrópole Paulista (MMP), seu Plano de Ação 2013-2040, e as ações propostas para seu litoral, reconhece-se que, tão perto da metrópole expandida, o litoral macrometropolitano segue longe de um caminho sustentável e socialmente justo. Argumenta-se que o planejamento espacial e a governança deste território demandam uma ampla revisão dos paradigmas que amparam os instrumentos setoriais e multissetoriais de gestão. Novos paradigmas devem considerar diferentes escalas espaciais, como a zona costeira, a zona econômica exclusiva e regiões metropolitanas adjacentes. Nesse sentido, faz-se necessário que o planejamento da MMP considere novos arranjos de governança que abarquem a dinamicidade do território e suas dimensões socioambientais e ecossistêmicas. Devem, ainda, incorporar macroprocessos tanto do ponto de vista administrativo e territorial quanto do ponto de vista socioambiental, incluindo os atores apropriados a essa escala e, em especial, garantindo a participação da sociedade civil.

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Publicado

2020-08-04

Como Citar

Goncalves, L. R., Xavier, L. Y., Turra, A., Torres, P. H., Zioni, S., & Jacobi, P. R. (2020). O litoral da macrometrópole: tão longe de Deus e tão perto do Diabo. Desenvolvimento E Meio Ambiente, 54. https://doi.org/10.5380/dma.v54i0.69275

Edição

Seção

Artigos