Bioindicadores ambientais: o que as diatomáceas dizem sobre o ambiente humano

Angela Maria da Silva-Lehmkuhl, Elton Augusto Lehmkuhl, Denise de Campos Bicudo

Resumo


O ensaio objetiva refletir de que maneira as microalgas podem ser teoricamente concebidas e metodologicamente utilizadas como instrumento biotecnológico de sensoriamento responsável por aumentar capacidade de percepção/ação/cognição e comunicação acerca das dinâmicas antrópicas da natureza – considerando, em termos epistemológicos, que a razão científica se afasta do senso comum na medida em que gera experiências instrumentalizadas entre sujeito-objeto do conhecimento. Também ampliam e corrigem as experiências fenomenológicas limitadas às capacidades humanas circunscritas a regras neurofisiológicas e neuropsicológicas do corpo humano, ou às lógicas técnico-científicas de outras áreas do saber ligadas à política. Elas funcionam como biotecnologias capazes de fazer crescer e de corrigir a inteligência e a sensibilidade de sistemas teórico-metodológicos aplicados em planos de diagnóstico, monitoramento e ajustes ambientais. Enquanto biotecnologias, as microalgas funcionam como prolongamentos e potencializadores dos corpos e dos cérebros dos cientistas ou das comunidades acadêmicas reunidas no interior das Ciências do Ambiente. Por fim, considera alguns obstáculos epistemológicos que impedem a participação dos bioindicadores na esfera das políticas voltadas à gestão ambiental.


Palavras-chave


algas; bioindicação; gerenciamento ambiental; meio ambiente; recursos hídricos

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/dma.v51i0.64082



Desenvolvimento e Meio Ambiente. ISSN: 1518-952X, eISSN: 2176-9109

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