Especismo na cultura alimentar moderna: impactos socioeconômicos, sanitários, ambientais e éticos da cadeia produtiva animal no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v49i0.56051Palavras-chave:
especismo, cultura alimentar moderna, sustentabilidade, BrasilResumo
O artigo objetiva realizar uma reflexão crítica sobre o especismo na cultura alimentar moderna e suas implicações no Brasil. Esta discussão visa mostrar que o especismo, entendido como uma forma de preconceito baseada no pertencimento a uma espécie, apresenta terreno fértil para um debate interdisciplinar e para pensar dimensões importantes do desenvolvimento sustentável. Baseado em uma perspectiva social construtivista, o estudo aponta, com base nas análises realizadas, que a produção de alimentos de origem animal apresenta um caráter especista, ou seja, que desconsidera os interesses dos não-humanos. Sugere-se que a confluência do especismo, da propriedade privada e dos métodos de produção industrial tem impactos socioeconômicos, sanitários, ambientais e éticos negativos. Tendo em vista suas amplas implicações, o especismo deve ser melhor discutido na ciência brasileira, em especial no âmbito das Ciências Sociais. Considera-se que a naturalização do especismo tem não somente consequências sociais, ambientais e sanitárias negativas, mas também éticas, que devem ser discutidas no âmbito científico para buscar, desta forma, superar ideias antropocêntricas que contribuíram para o surgimento e agravamento das crises ambientais que vivemos na atualidade.
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