O meio ambiente e sua (ir)relevância nas representações sociais do desenvolvimento de três cidades paulistas
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v45i0.55043Palavras-chave:
meio ambiente, desenvolvimento, desenvolvimento sustentável, representações sociais, cidadesResumo
Este trabalho, efetuado por meio de levantamento, identificou a relevância do meio ambiente nas representações sociais de cidade desenvolvida, construídas pelos habitantes de três cidades do interior do Estado de São Paulo: Jaboticabal, Olímpia e Bebedouro. Este estudo qualitativo baseou-se na abordagem do núcleo central das representações sociais, apoiada na técnica da evocação livre de palavras (Abric, 2001), com uso do software EVOC 2000 (Vergès, 2002). Foram feitos dois tipos de análise: a lexicográfica, que revela o núcleo central e um sistema periférico das representações, com base nas palavras mais evocadas (as palavras principais), e a categorial, que agrupa em categorias todas as palavras evocadas. Foram entrevistadas amostras de 408 habitantes em cada cidade, estratificadas por sexo, idade, renda e escolaridade. Os resultados mostraram que uma cidade desenvolvida é representada essencialmente por uma dimensão econômica (simbolizada por emprego e indústrias/empresas), a qual coexiste com uma dimensão social (simbolizada por saúde e educação), o que faz emergir o paradigma do desenvolvimento humano (medido pelo IDH). O meio ambiente, base do paradigma do desenvolvimento sustentável, é irrelevante para representar uma cidade desenvolvida: nas três cidades, não há palavras relacionadas ao meio ambiente em nenhuma das palavras principais, e a dimensão ambiental é a mais fraca das sete categorias identificadas, com menos de 1% das evocações.
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