Mapeamento participativo como ferramenta para a gestão da pesca de emalhe no litoral centro-sul de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v44i0.54889Palavras-chave:
mapeamento participativo, gestão pesqueira, APA Marinha Litoral CentroResumo
A compreensão da distribuição pesqueira no espaço e sua dinâmica ao longo do tempo são essenciais para o sucesso de Áreas Marinhas Protegidas (AMPs). Para tanto, o mapeamento participativo tem se demonstrado uma metodologia efetiva na obtenção dos dados espacializados da pesca artesanal, promovendo processos de tomada de decisão mais participativos. Na região de Peruíbe, existem diversos instrumentos que ordenam a distribuição espacial da pesca de emalhe e estabelecem áreas de restrição à pesca. A fim de entender como a pesca artesanal de emalhe influencia as áreas de exclusão de pesca na região, foram realizadas entrevistas com pescadores que atuam em Peruíbe, nas quais foram conduzidos exercícios de mapeamento participativo. Com isso, foi possível a elaboração de um diagnóstico da distribuição espacial da pesca de emalhe na região de estudo. Foram identificados pontos onde ocorre o adensamento de pescadores e constatou-se que esses pontos se localizam próximos às Unidades de Conservação (UCs) de proteção integral da região e que, portanto, constituem áreas de incongruência entre os objetivos estabelecidos pelas UCs e o uso por parte dos pescadores. Por esse motivo, um melhor entendimento sobre os motivos da escolha de determinado local de pesca por parte dos pescadores, assim como a previsão de como esses usuários irão se comportar frente ao fechamento de novas áreas para pesca, se fazem necessários para uma gestão mais efetiva das AMPs.
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