Influência das chuvas na oferta de castanha-do-brasil e o impacto no benefício socioeconômico e ambiental, no Oeste do estado do Pará
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v45i0.50562Palavras-chave:
mudança pluviométrica, castanha-do-brasil, externalidade ambiental, Região Oeste do ParáResumo
O objetivo deste trabalho foi calcular os benefícios socioeconômicos e ambientais da extração e comercialização da castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa Bonpl.), mediante as alterações do clima na região oeste do estado do Pará, no período de 1999 a 2011, com os parâmetros estimados pelo Método Generalizado de Momentos (MGM). Os resultados mostraram que a demanda e a oferta de castanha-do-brasil são inelásticas a preço. A elasticidade cruzada indicou que o açaí comercializado no mercado paraense é complementar à castanha-do-brasil. A elasticidade-renda, com valor igual a 1,09, revelou que a castanha-do-brasil é um bem de luxo. Com relação a oferta, constatou-se que a quantidade ofertada respondeu diretamente ao preço contemporâneo da castanha-do-brasil e ao preço da madeira em tora. Assim, isto indica que a madeira é um produto que não compete em terra e mão de obra com a castanha-do-brasil. Os resultados mostraram que, a partir de 1999, com as mudanças observadas no clima, houve diminuição do benefício socioeconômico ambiental para a população do oeste paraense. O benefício socioeconômico e ambiental da castanha-do-brasil atingiu o patamar de R$20.842,84 mil depois das alterações na precipitação pluviométrica regional, o que representou um decréscimo de 16,46% em relação ao benefício obtido antes da mudança no nível das chuvas (R$24.951,34 mil). Com relação à distribuição dos benefícios depois das alterações no clima, consumidores foram os principais prejudicados, com uma perda de 10,22% (-R$5.406,03 mil) dos benefícios totais.Downloads
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