Ética e técnica em Jonas e Levinas: diferenciações e aproximações
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v41i0.46017Palavras-chave:
ética, técnica, Jonas, Levinas, ética ambientalResumo
O presente artigo aborda, a partir de alguns textos e passagens dos filósofos Jonas e Levinas, sobretudo Technologie et Responsabilité, do primeiro, e Heidegger, Gagarine et nous, do segundo, a questão da relação entre ética e técnica. Jonas funda a ética em uma ontologia, sendo a técnica, em sua concepção, parte constitutiva da natureza humana, aquilo mesmo que instala o homem na humanidade, ligando-a o autor à preservação e à continuidade da existência em todos os níveis: o da existência humana e o da existência não humana. Para Levinas, a ética dispensa uma ontologia que a prepare, sendo ela mesma a filosofia primeira. Sendo sua ética um esforço de buscar o humano em toda sua profundidade, concebe a técnica como aquilo que permite perceber o humano em toda sua intensidade, libertando-o do mundo e do contexto, abrindo a possibilidade de uma subjetividade que é habitação, acolhimento e aceitação de outrem. Após caracterizar o pensamento da ética em ambos os autores e de situar a técnica e a tecnologia dentro de seus projetos éticos, o artigo busca os elementos comuns nos dois pensadores que ajudam a pensar a ética ambiental e suas questões fundamentais, como as da humanidade e animalidade, encontrando um elemento comum na noção de responsabilidade tão fundamental às formas de os dois autores pensarem a ética. É pela responsabilidade que éticas tão diferentes conservam uma abertura à alteridade, seja na forma das futuras gerações (Jonas), seja ao outro, na figura do Rosto (Levinas), que, alargada, pode incluir também os seres não humanos.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais sobre trabalhos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. O conteúdo dos trabalhos publicados é de inteira responsabilidade dos autores. A DMA é um periódico de acesso aberto (open access), e adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Não Adaptada (CC-BY), desde janeiro de 2023. Portanto, ao serem publicados por esta Revista, os artigos são de livre uso para compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial). É preciso dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Os conteúdos publicados pela DMA do v. 53 de 2020 ao v. 60 de 2022 são protegidos pela licença Creative Commons Atribuição – Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional.
A DMA é uma revista de acesso aberto desde a sua criação, entretanto, do v.1 de 2000 ao v. 52 de 2019, o periódico não adotava uma licença Creative Commons e, portanto, o tipo de licença não é indicado na página inicial dos artigos.

