Replantar uma floresta numa sociedade pós-colonial: conservações regulares e participativas na Ilha Reunião
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v38i0.45547Palavras-chave:
Ilha da Reunião, invasão biólogica, participação e empoderamento, pós-colonialismoResumo
Durante uma pesquisa etnográfica, estudamos um projeto de desenvolvimento sustentável e participativo iniciado pela equipe do Parque Nacional de Reunião. Este projeto envolve a criação de Viveiros de Espécies Nativas de Reunião (PEIRun). Procurar compreender o seu desenvolvimento e a sua implementação revela, de um lado, as estratégias de empoderamento dos atores – profissionais ou pessoas comuns – envolvidos neste projeto; de outro lado, revela como as práticas adequadas de “conservação” respondem e se levantam contra a perspectiva hegemônica, percebida como a forma única de conservação da biodiversidade. Este projeto se desenvolve em um espaço específico – a Reunião, cuja especificidade reside no seu contexto pós-colonial que favorece as relações de dominação entre os atores de forma direta ou simbolicamente envolvidos neste projeto. Depois de explicar como a perspectiva de leitura do pós-colonialismo permitia compreender os sentimentos de justiça e injustiça ambiental dos atores, analisamos em que medida estas justiças ambientais seriam conciliáveis. Uma retrospectiva da história da construção do Parque Nacional da Reunião é, então, necessária para identificar as relações de poder que ali operam. Veremos desta forma que a participação se torna um embate sobre a justiça ambiental em nível local. Ao nos interessarmos pelas estratégias de empoderamento dos atores envolvidos no projeto, estudamos como os responsáveis pelo projeto PEIRun buscam corrigir as injustiças que percebem em suas práticas profissionais e como as populações alvo do seu projeto respondem ou não a esse objetivo com as suas próprias expectativas.
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