Em direção a uma antropologia ambiental para a apropriação do patrimônio biocultural dos povos indígenas na América Latina
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v35i0.43906Palavras-chave:
patrimônio biocultural, crise ambiental global, epistemologia do sul, boa vida, povos indígenasResumo
O seguinte artigo tenta contribuir com o conceito de patrimônio biocultural para a discussão das alternativas às crises socioambientais geradas pela globalização e pela transnacionalização da economia. A mudança climática constitui o maior fracasso do mercado visto no mundo e interage com outras imperfeições do mercado. A ecologia política vista a partir do sul não confia que a globalização, mesmo com a sua economia verde, possa resolver a crise ambiental global. Pobreza e ecocídio como parte deste neocolonialismo neoliberal são a lógica intrínseca do extrativismo que estamos padecendo na América Latina: Colinas verdes com milhões de hectares de soja e milho transgênico, desmatamentos massivos para plantações florestais, concessões para a mineração industrial, mega-hidroelétricas, fratura hidráulica para extração de gás de xisto e outros hidrocarbonetos são alguns exemplos que começam a invadir nossas paisagens. A partir dos movimentos da pluriversidade da América Latina, da interculturalidade crítica, das filosofias indígenas, da memória biocultural, da importância ecológica dos saberes tradicionais e do viver bem, trata-se de buscar enfoques que superem essa dualidade abissal natureza-cultura e a ideia instrumental do ocidente sobre natureza e corpo. Desde o ano 2000 está se esboçando um conceito novo, que é o da diversidade biocultural. Este conceito acrescenta a ideia de patrimônio (escrito com letras minúsculas) como componente vital no sentido de “defender o que é nosso”. Neste trabalho, procura-se vincular este conceito de patrimônio biocultural com a epistemologia do sul.
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