Ambiguidade de referenciais tecnológicos da ação pública no meio rural: agricultura familiar e limites à sustentabilidade
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v36i0.43356Palavras-chave:
políticas públicas, agroecologia, crédito rural, seguro agrícola, autonomiaResumo
O artigo analisa as políticas públicas específicas de crédito rural e seguro agrícola para a agricultura familiar com o objetivo de verificar suas compatibilidades com dois referenciais tecnológicos distintos: produtivista e agroecológico. Em termos metodológicos, um estudo de caso foi realizado na região Extremo Oeste de Santa Catarina, caracterizada pela presença de uma agricultura familiar socioeconomicamente dinâmica, com
levantamento de dados junto a 37 unidades agrícolas familiares e 21 operadores locais de políticas públicas. As análises evidenciam uma dualidade na ação pública, que criou políticas voltadas para a agroecologia, mas que na operacionalização das políticas públicas analisadas prioriza o aumento da produtividade das unidades agrícolas familiares com alta dependência de insumos externos, em detrimento de considerar a rentabilidade por área e a valorização dos recursos locais. Concluímos que a ação pública tem limitado a adoção da agroecologia como paradigma tecnológico.
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