Os atores em embate na estrada Yucumo Rurrenabaque entre desenvolvimento, conservação e autonomia indígena: um estudo de caso da Amazônia Boliviana
Resumo
A construção de estradas na Amazônia é frequentemente percebida como tendo impactos mecânicos e irreversíveis de colonização, deflorestação e de degradação ecológica e cultural. Este artigo apresenta um caso de estudo que questiona esta visão. Mostra que, no local do estudo-Pilón Lajas (Bolívia)-, a estrada unicamente adquire irreversilidade no âmbito da disputa entre quadros cognitivos e políticos ligados à ideia de sua construção e quadros opostos vinculados à ideia da conservação e da autonomia indígena que se apropriam dela a partir das interações que suscita entre estes atores, os quais utilizam tais programas para legitimar suas pretensões. O impacto das estradas (agency) apenas se dá em função das relações mútuas que os atores constróem para estabilizar seus usos. Os povos indígenas, divididos entre a diluição na interculturalidade e a submissão na conservação, estão tentando conciliar autonomia e desenvolvimento por entre as brechas dos dispositivos de gestão.
Palavras-chave
estradas; Amazônia Boliviana; indígenas; conservação; desenvolvimento
Texto completo:
PDF (Français (Canada))DOI: http://dx.doi.org/10.5380/dma.v33i0.39498
Desenvolvimento e Meio Ambiente. ISSN: 1518-952X, eISSN: 2176-9109

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