O Programa Produtor de Água e Floresta de Rio Claro/RJ enquanto ferramenta de gestão ambiental: o perfil e a percepção ambiental dos produtores inscritos
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v33i0.36702Palavras-chave:
gestão das bacias hidrográficas, pagamento por serviços ambientais, serviços ecossistêmicosResumo
O pagamento por serviços ambientais (PSA) é uma ferramenta que vem sendo adotada com vistas a estimular a adoção, por parte dos produtores rurais, de ações que possam contribuir para a recuperação e a preservação ambientais por meio da adesão voluntária em programas de conservação. Uma das experiências de PSA já implantadas no Brasil é o Programa Produtor de Água e Floresta (PAF) da cidade de Rio Claro/RJ, área estratégica para o fornecimento de água para a cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana. Por meio do PAF, produtores rurais são remunerados financeiramente pela “oferta” de serviços ambientais. Sendo um programa de adesão voluntária, faz-se necessário o estudo de variáveis que possam contribuir para um maior número de adesões e a efetividade de seus resultados. Com vistas a contribuir para a avaliação e validação do mesmo, este estudo tem como objetivo discutir de que maneira o perfil socioeconômico, a percepção quanto à sustentabilidade ambiental e serviços ecossistêmicos e a consciência ambiental dos produtores que integram o PAF determinaram sua adesão. Pretende-se ainda avaliar, por meio da percepção dos mesmos, a implantação do programa e seus resultados. Para tanto, foram aplicadas entrevistas semiestruturadas a 29 dos 59 produtores integrantes. Os resultados indicam que a maioria dos produtores que aderiu ao projeto já adotava práticas de conservação e optou em participar pela consciência ambiental que já tinham. Isso mostra a necessidade de se estimular proprietários que ainda não sejam adeptos de tais práticas a integrar o projeto, elevando seu ganho marginal. Segundo os produtores, os valores pagos são baixos e acabam por não estimular a adesão de novos integrantes. Observa-se ainda que o grupo considerado percebe o meio ambiente como determinante para o seu bem-estar, de sua família e de outras espécies, dando importância, portanto, aos serviços ecossistêmicos que os afetam direta ou indiretamente.
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