“Florestamento” no Pampa Brasileiro: a visão dos pecuaristas familiares do Território do Alto Camaquã/RS
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v33i0.35984Palavras-chave:
bioma pampa, florestas de espécies exóticas, pecuária familiarResumo
A economia tradicional do Pampa, baseada na criação extensiva de gado, está sendo ameaçada e perdendo espaço para a introdução de alternativas que descaracterizam a evolução social e biológica do Bioma Pampa. Uma das alternativas em destaque na “Metade Sul” do Rio Grande do Sul é a substituição dos campos naturais por plantios homogêneos de árvores exóticas para obtenção de celulose, configurando-se como o centro de um conflito socioambiental. Este estudo objetiva analisar a percepção dos pecuaristas familiares, pertencentes ao Território do Alto Camaquã/RS, em relação ao processo “florestamento” na região. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, observação direta, diário de campo e revisão bibliográfica sobre a temática em questão. Observou-se que os pecuaristas familiares possuem resistência quanto à implantação de espécies exóticas (“florestamento”) na região, abarcando como principais pontos negativos a descaracterização e a dissociação do indivíduo com seu ambiente local, a redução das fontes de água, aparecimento de animais predadores, especialmente o javali, a destruição da pastagem natural e a diminuição da atividade da pecuária de corte e ovina que é tradicional. Dessa forma, os pecuaristas familiares contribuem para a manutenção da paisagem natural da região e com a tradição da criação de bovinos e ovinos, conservando características ambientais e sociais do Pampa, especialmente no Território do Alto Camaquã - Metade Sul do Rio Grande do Sul, Brasil.
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