Perdas simbólicas e os atingidos por barragens: o caso da Usina Hidrelétrica de Estreito, Brasil

Autores

  • Dallyla Tais Assunçao Milhomem Ferreira Bióloga da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado do Tocantins.
  • Elineide Eugênio Marques Professora da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
  • Sandra Maria Franco Buenafuente Professora do Departamento de Economia da Universidade Federal de Roraima (UFRR).
  • Lucas Barbosa e Souza Professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
  • Marcelo da Gama Grison Mestrando em Ciências do Ambiente (UFT).
  • Adila Maria Taveira de Lima Servidora da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

DOI:

https://doi.org/10.5380/dma.v30i0.34187

Palavras-chave:

hidrelétrica, atingidos por barragens, perdas simbólicas

Resumo

Dentre as atividades econômicas em desenvolvimento no Brasil, está a construção de usinas hidrelétricas. A crescente expansão do setor elétrico vem acarretando perdas irreversíveis para as populações impactadas, em razão do seu deslocamento compulsório e consequente ruptura com o seu espaço de construção simbólica. Tendo em vista o horizonte de crescimento do setor elétrico no país, este trabalho buscou analisar como o processo de negociação das perdas simbólicas sofridas pelos atingidos por barragens vem sendo conduzido, tendo sido os dados obtidos a partir de análise documental, seguida da realização de entrevistas com os impactados pela Usina Hidrelétrica de Estreito, situada no médio Rio Tocantins, entre os Estados do Maranhão e Tocantins. Esta pesquisa evidenciou a necessidade de buscarmos mecanismos que contemplem os valores simbólicos desses atingidos, priorizando a continuidade da vida que não prima pela lógica do mercado e sim pela vivência com dignidade humana.

Biografia do Autor

Dallyla Tais Assunçao Milhomem Ferreira, Bióloga da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado do Tocantins.

Graduada em Ciências Biológicas e Meste do Curso Interdisciplinar de Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins. Atua nas área de valoração ambiental, empreendimentos hidrelétricos.

Elineide Eugênio Marques, Professora da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá (1986), mestrado em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná (1993) e doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais pela Universidade Estadual de Maringá (1999). Atualmente é professora associada da Universidade Federal do Tocantins. Tem experiência na área de Ciências Ambientais, especialmente Ecologia, com ênfase em Manejo e Conservação de Recursos Pesqueiros de Águas Interiores, atuando principalmente nos seguintes temas: biologia de peixes, ecologia de reservatórios, impactos ambientais e socioeconômicas de empreendimentos hidrelétricos.

Sandra Maria Franco Buenafuente, Professora do Departamento de Economia da Universidade Federal de Roraima (UFRR).

Possui graduação em ciências econômicas pela Universidade Federal do Pará - UFPA; Especialização em Metodologia da Pesquisa pela Universidad Autonoma de Barcelona - UAB; Mestrado em História Econômica - UAB; Doutorado em Economia Internacional e Desenvolvimento - Universidad de Barcelona - UB; Doutorado reconhecido pela Universidade de São Paulo - USP em Teoria Econômica; e Pós-Doutorado no Centre for the Environment da Universidade de Oxford, Inglaterra. Foi Pesquisadora Visitante Associada do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Oxford-Inglaterra e Diretora do Centro de Ciências Administrativas e Jurídicas da Universidade Federal de Roraima - UFRR; Atualmente é professora Associada do Departamento de Economia - UFRR; Membro da Internacional Society of Ecological Economics - ISEE e da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica- ECOECO; Líder do grupo de Pesquisa "Gestão Econômica dos Recursos Naturais e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia". Atua nas áreas de Economia Internacional, Desenvolvimento e Metodologia da Pesquisa Científica, com o foco na exploração de recursos naturais da Amazônia; políticas públicas e impactos sócioeconômicos e ambientais; serviços ambientais; sustentabilidade e; projetos acadêmicos.

Lucas Barbosa e Souza, Professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Bacharel (1999) e licenciado (2000) em Geografia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), mestre (2003) e doutor (2006) em Geografia (Análise da Informação Espacial) pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), Campus de Rio Claro. Professor Adjunto da Universidade Federal do Tocantins (UFT) desde 2004, onde atua junto ao Curso de Geografia (Campus de Porto Nacional) e aos Programas de Pós-Graduação em Geografia (Campus de Porto Nacional) e em Ciências do Ambiente (Campus de Palmas). Desenvolve pesquisas nas áreas de climatologia geográfica, percepção ambiental e planejamento urbano

Marcelo da Gama Grison, Mestrando em Ciências do Ambiente (UFT).

Graduado em Bacharelado (2010) no Curso de Ciência Biológicas pela Universidade Federal do Tocantins. Foi bolsista pelo sistema PIBIC/Cnpq da UFT. Foi estagiário do Núcleo de Estudos Ambientais (Neamb). Atuou nos temas: fenologia, dinâmica foliar, Curatella americana, Davilla elliptica e Cerrado. Atualmente é mestrando do Curso de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins. Atua na área de mudança de paisagem, empreendimentos hidrelétricos, ecologia da paisagem.

Adila Maria Taveira de Lima, Servidora da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Mestre em Ciências do Ambiente e Graduada em Administração de Empresas, é especialista em Contabilidade e Controladoria pela Universidade Luterana do Brasil, cursou o MBA em Gestão de Pessoas na Universidade Federal do Tocantins. Foi bolsista pelo CNPq em projetos de Pesquisa e Extensão. Atualmente é servidora da Universidade Federal do Tocantins - UFT, onde desenvolve atividades administrativas e de extensão.

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Publicado

2014-07-21

Como Citar

Ferreira, D. T. A. M., Marques, E. E., Buenafuente, S. M. F., Souza, L. B. e, Grison, M. da G., & Lima, A. M. T. de. (2014). Perdas simbólicas e os atingidos por barragens: o caso da Usina Hidrelétrica de Estreito, Brasil. Desenvolvimento E Meio Ambiente, 30. https://doi.org/10.5380/dma.v30i0.34187

Edição

Seção

Nexo Água e Energia