Análise do uso do bioetanol como medida de mitigação e seu impacto no setor hídrico: estudo em uma região canavieira no México
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v30i0.34073Palavras-chave:
biocombustíveis, estresse hídrico, mitigaçãoResumo
O uso de biocombustíveis nos transportes é uma medida de mitigação para reduzir as emissões de gases do efeito estufa; entretanto, pode ter efeitos ambientais negativos. Esta pesquisa analisa os impactos atual e futuro da produção de etanol a partir da cana-de-açúcar nos recursos hídricos do México. Estimou-se a pegada hídrica, a disponibilidade e a demanda de água em uma região canavieira do país com base no balanço hídrico e nas condições climáticas locais. Os resultados mostraram que a pegada de água histórica (1980-2007) da cana-de-açúcar foi de 104,9 m3/t, considerando o uso de irrigação por sulco. No entanto, na região estudada são utilizados três sistemas de irrigação (por sulco, aspersão e gotejamento), razão pela qual a pegada de água varia entre 58,7 e 73,4 m3/t, o que indica uma economia de 20% (33 mm3) de água. A disponibilidade de água na região foi estimada em 255 Mm3/ano, com um índice de estresse de 60%, indicando um elevado grau de pressão sobre os recursos hídricos. Para cenários futuros de mudança climática, estimou-se um aumento de 3% na pegada de água; no entanto, o balanço hídrico mostrou que este aumento relativamente pequeno terá um impacto significativo na demanda de água. O México tem uma disponibilidade 18 vezes menor do que a do Brasil e quase sete vezes menor do que a dos EUA, de modo que a alternativa de produzir etanol requer o estudo de cada uma das regiões canavieiras para avaliar suas vantagens e desvantagens.
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