Estruturas de poder e a questão ambiental: a reprodução da desigualdade de classe
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v29i0.33142Palavras-chave:
conflitos ambientais, hegemonia, Estado.Resumo
O objetivo deste ensaio constituiu-se em colocar a chamada “questão ambiental” em perspectiva. Buscamos negar a noção de causa universal essencializada reforçando concomitantemente a distribuição desigual dos benefícios da preservação do meio ambiente, assim como da socialização dos riscos, perante os variados grupos sociais. Ressaltamos as disputas discursivas em torno da formulação dos problemas ambientais, bem como de suas soluções, atentando para a importância da cognição e classificação na formação de consensos. A luta por poder, neste caso, torna-se fundamental, pois se articula com a possibilidade de legitimação de certos discursos e práticas. Neste sentido, o Estado desponta como figura central, uma vez que unifica ideologicamente valores difusos na estrutura subjetiva da sociedade, tornando-se objeto de disputa por poder. O conflito ambiental insere-se neste contexto de disputas físicas e simbólicas e contribui para desconstruir a noção de uma sociedade homogênea, assim como de um Estado universal e acima dos interesses de classe.
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