Estruturas de poder e a questão ambiental: a reprodução da desigualdade de classe

Autores

  • Vanessa de Souza Hacon Mestra em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social (UFRJ). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
  • Carlos Frederico Bernardo Loureiro Doutor em Serviço Social (UFRJ). Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

DOI:

https://doi.org/10.5380/dma.v29i0.33142

Palavras-chave:

conflitos ambientais, hegemonia, Estado.

Resumo

O objetivo deste ensaio constituiu-se em colocar a chamada “questão ambiental” em perspectiva. Buscamos negar a noção de causa universal essencializada reforçando concomitantemente a distribuição desigual dos benefícios da preservação do meio ambiente, assim como da socialização dos riscos, perante os variados grupos sociais. Ressaltamos as disputas discursivas em torno da formulação dos problemas ambientais, bem como de suas soluções, atentando para a importância da cognição e classificação na formação de consensos. A luta por poder, neste caso, torna-se fundamental, pois se articula com a possibilidade de legitimação de certos discursos e práticas. Neste sentido, o Estado desponta como figura central, uma vez que unifica ideologicamente valores difusos na estrutura subjetiva da sociedade, tornando-se objeto de disputa por poder. O conflito ambiental insere-se neste contexto de disputas físicas e simbólicas e contribui para desconstruir a noção de uma sociedade homogênea, assim como de um Estado universal e acima dos interesses de classe.

Biografia do Autor

Vanessa de Souza Hacon, Mestra em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social (UFRJ). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Possui graduação em Comunicação Social (bacharelado em Jornalismo) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2005). Especialização em Ciências Ambientais, pelo NADC - UFRJ (2008). Mestrado em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social, pelo Programa Eicos - UFRJ, sobre a temática dos conflitos ambientais em áreas protegidas. Atualmente é doutoranda do Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade - CPDA, da UFRRJ.

Carlos Frederico Bernardo Loureiro, Doutor em Serviço Social (UFRJ). Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Possui graduação em Ciências Físicas e Biológicas (licenciatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1989), graduação em ecologia (bacharelado) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988), mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1992) e doutorado em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é professor associado da faculdade de educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor dos programas de pós-graduação em educação (PPGE) e em psicossociologia de comunidades e ecologia social (Eicos), ambos da UFRJ. Líder do Laboratório de Investigações em Educação, Ambiente e Sociedade (LIEAS/UFRJ). Pesquisador do CNPq. Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental da FURG. Autor de inúmeros livros e artigos em Educação Ambiental. Parecerista ad hoc de diversos periódicos, CNPq, Capes e fundações de amparo à pesquisa. Linhas de pesquisa: educação ambiental e movimentos sociais; educação ambiental e escolas; educação ambiental na gestão pública.

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Publicado

2014-04-30

Como Citar

Hacon, V. de S., & Loureiro, C. F. B. (2014). Estruturas de poder e a questão ambiental: a reprodução da desigualdade de classe. Desenvolvimento E Meio Ambiente, 29. https://doi.org/10.5380/dma.v29i0.33142

Edição

Seção

Artigos