Reflexos do novo Código Florestal nas Áreas de Preservação Permanente – APPs – urbanas

Autores

  • Ruy Emmanuel Silva de Azevedo Especialista em Direito Ambiental (UNIFOR). Mestrando em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
  • Vládia Pinto Vidal de Oliveira Doutora em Engenharia Agronômica (Universidad de Almería). Professora do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC).

DOI:

https://doi.org/10.5380/dma.v29i0.32381

Palavras-chave:

áreas de preservação permanente – APPs – em zonas urbanas, diminuição da proteção, novo Código Florestal Brasileiro.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo verificar as principais repercussões do novo Código Florestal nas áreas de preservação permanente – APPs – situadas em zonas urbanas. Inicialmente, o trabalho apresenta o histórico normativo do conceito jurídico denominado área de preservação permanente – APP. O trabalho aponta que o novo Código Florestal advém da Lei nº 12.651/2012, alterada em diversos pontos durante a tramitação no Congresso Nacional e pelos vetos da Presidenta da República. Nesse contexto, o artigo demonstra que o atual panorama de proteção estabelecido pelo novo Código Florestal para as APPs visa atender interesses de ordem socioeconômica em detrimento de outros relacionados com a proteção ambiental. O trabalho demonstra que o novo Código Florestal, em comparação com código florestal anterior e com a Resolução CONAMA nº 369/2006, aumentou as hipóteses excepcionais de utilidade pública e de interesse social, aptos a autorizar intervenções em APPs. Além disso, para intervenções em APPs nos casos de utilidade pública e de interesse social já elencados no novo Código Florestal, diferentemente da legislação anterior, não mais se exige a comprovação de inexistência de alternativa locacional. O trabalho efetua análise específica das principais inovações do novo Código Florestal, nos casos de utilidade pública e de interesse social, que impactam de forma mais significativa nas APPs urbanas. Ao final, o artigo constata que as medidas implementadas pelo novo Código Florestal, no que tange aos casos de utilização de APPs urbanas em situações de utilidade pública e de interesse social, visaram flexibilizar a proteção ambiental e privilegiar interesses econômicos e sociais.

Biografia do Autor

Ruy Emmanuel Silva de Azevedo, Especialista em Direito Ambiental (UNIFOR). Mestrando em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Possui graduação em Direito pela Universidade de Fortaleza (2006) e Especialização em Direito Ambiental pela Universidade de Fortaleza (2009). Atuou como consultor jurídico junto à Superintendencia Estadual do Meio Ambiente-SEMACE do Estado do Ceará de 04/2007 à 12/2012. Atualmente é mestrando em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará-UFC. 

Vládia Pinto Vidal de Oliveira, Doutora em Engenharia Agronômica (Universidad de Almería). Professora do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Professora Associada do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará e pesquisadora do CNPq. Doutorado em Engenharia Agronômica (2002) no Programa "Agricultura y Medio Ambiente en Zonas Semiáridas" - Universidade de Almería (2002). Possui graduação em Geologia (1983) pela Fundação Educacional Edson Queiroz (UNIFOR).Cursos de Pós-graduação (especialização) em Gerenciamento Costeiro (Labomar/UFC) e dois Internacionais com bolsa da ONU (Argentina e Rússia) na temática de Desertificação; Mestrado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal do Ceará (1989). Coordenou Projetos Internacionais: Ecologia de Paisagens (Programa WAVES/CNPq/BMBF); Projeto Ecologia de Zonas Áridas ECOZONAR (Programa ALFA) e Hidroponia no semiárido (Programa Alfa). Coordenou o Programa de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA (2004-2008). Coordenou o Projeto de Cooperação Internacional Pro-África (Cabo Verde). Atualmente, coordenadora e professora do Doutorado em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema) em Rede (Nordeste). Possui experiências nas área de Geociências e agronômica, com ênfase em geoecologia e solos, atuando principalmente nos seguintes temas: análise geoambiental, solos na dinâmica de Paisagens semiáridas, Análise de Produtos de Sensoriamento Remoto, Estudos na temática de degradação e desertificação.

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Publicado

2014-04-30

Como Citar

Azevedo, R. E. S. de, & Oliveira, V. P. V. de. (2014). Reflexos do novo Código Florestal nas Áreas de Preservação Permanente – APPs – urbanas. Desenvolvimento E Meio Ambiente, 29. https://doi.org/10.5380/dma.v29i0.32381

Edição

Seção

Artigos