Multiespacialidades metropolitanas e construção social do lugar rumos para a sustentabilidade

Cristina de Araújo LIMA

Resumo



A Região Metropolitana de Curitiba RMC2 é constituída de espacialidades diferenciadas e, ao mesmo
tempo em que sedia atualmente o terceiro maior pólo industrial automobilístico do país, é a única
região metropolitana brasileira em que houve crescimento demográfico tanto do pólo, Curitiba, quanto
da periferia imediata superiores à taxa de crescimento da população brasileira. Entre 1970 e 2000,
Curitiba apresentou a maior taxa geométrica de crescimento anual, 2,13% no pólo e 4,86% a.a. na
periferia. (IBGE, 2000). Contudo, na periferia metropolitana, onde se concentra 90% da população da
RMC, as condições sociais e de infra-estrutura urbana são precárias. 12,46% dos domicílios têm chefes
de família com renda de até 1 salário mínimo, ou aproximadamente US$ 80,00 por mês, o que justifica
a existência de locais com favelas e sub-habitações na cidade. No entanto, essa proporção sobe para
50% ou mais nos municípios vizinhos. Enquanto em Curitiba o montante populacional triplicou em
apenas 20 anos, no restante da região metropolitana o incremento populacional foi muito reduzido. No
debate acerca dos rumos de uma sustentabilidade metropolitana, busca-se compreender a dimensão
ambiental como o todo de inter-relações socioambientais, analisando-se as condições da população do
primeiro patamar de adensamento urbano no qual se entende que um reforço ao sentido de lugar seria
pressuposto para uma maior sustentabilidade.

Metropolitan multispecialities and social constrution −
sustainability ways

Abstract


The metropolitan region of Curitiba MRC contains several spatial configurations and, besides having
the third automobile industry of the country; it is currently the only metropolitan region with a population
growth rate higher than the national average. Between 1970 and 2000, it had the highest geometric
growth rate among metropolitan regions in Brazil: it grew 2.13% in its core and 4.18% in the suburbs
(IBGE, 2000). However, last places are where 90% of the population live. There, social and urban structures
are underdeveloped and the population number has risen three times in the last twenty years. Whereas in
Curitiba 12.46% of the houses have an income around US $80 per month, in the suburbs this proportion
rises to 50% or more. Discussing sustainability, it is necessary to understand the environmental dimension
as a social and natural whole. In this paper analyze some aspects of the population conditions in the
nearest neighborhood of Curitiba, where an improvement of the locus sense of place could contribute to
a metropolitan and urban sustainability.


Palavras-chave


região metropolitana; urbanização; sustentabilidade urbana; metropolitan region; urbanization; urban sustainability

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/dma.v9i0.3080



Desenvolvimento e Meio Ambiente. ISSN: 1518-952X, eISSN: 2176-9109

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