Olhares sobre a tradição

Autores

  • Lúcia Helena de Oliveira CUNHA

DOI:

https://doi.org/10.5380/dma.v4i0.3037

Palavras-chave:

tradição, modernidade, movimento, tradition, modernity, movement

Resumo

Este artigo reflete a respeito dos diferentes olhares que a modernidade projeta sobre as sociedades da tradição, vendo-as ora do ponto de vista negativo, em suas desordens, ora do ponto de vista positivo, a partir de suas ordens imanentes. Pierre Clastres é um dos antropólogos contemporâneos que focaliza o modo através do qual as sociedades ditas primitivas são freqüentemente percebidas pela ausência, no prisma da civilização ocidental: pela falta de trabalho, de Estado e de ordem. George Balandier coloca em questão esse imaginário ocidental sobre as sociedades tradicionais, mesmo quando tais sociedades aparecem como expressão do positivo, do equilíbrio. Entendendo que ordem e desordem são categorias reguladoras da vida humana, para o autor, é preciso repensar o conceito de tradição dotado de movimento. Assim, os povos da tradição não podem ser vistos como estagnados, parados no tempo, mas imersos em outros ritmos temporais, mesmo no encontro (confronto) com a modernidade.

Observing tradition

Abstract

This article pretend procedure to the reflection of different view that the modernity project over societies of tradition, look at them sometimes from the negative point of view in its disorder, sometimes from the positive point of view, from its order immanent. Pierre Clastres is one of our present anthropologist that focus the manner through the societies supposed primitive are often perceive by absence in the prism of occidental civilization: because of absence of job, state and order. George Balandier puts in question this occidental imaginary about traditional societies, even when those societies appears like expression of positive and of the balance. For Balandier order and disorder are regulator category of human life; this author thinks that we need rethink the conceit of tradition endowed of movement. Thus, the people of tradition, can not be viewed like stagnated, standing up still, but immersed in others temporary rhythm, with own dynamics, even in the meeting (confront) with the modernity.

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Publicado

2001-12-09

Como Citar

CUNHA, L. H. de O. (2001). Olhares sobre a tradição. Desenvolvimento E Meio Ambiente, 4. https://doi.org/10.5380/dma.v4i0.3037

Edição

Seção

Artigos