Proteção da natureza e conflitos ambientais em assentamentos rurais
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v18i0.13422Palavras-chave:
property rights, commonly shared resources, MST, regimes de propriedade, recursos comunsResumo
Este artigo busca contribuir com o debate contemporâneo sobre a problemática ambiental em áreasde assentamentos no Brasil. Na contramão do caráter avaliativo e normativo de outros trabalhos, temcomo objetivo apreender as dinâmicas dos conflitos ambientais e as limitações das ações de proteçãoda natureza nas áreas reformadas, articulando, analiticamente, os temas dos regimes de propriedade e osesforços de regulação dos acessos e usos a recursos naturais apropriados coletivamente pelas famílias assentadas.Com base em pesquisas realizadas em dois assentamentos localizados no semi-árido paraibano,defende-se que o processo de assentamento de famílias de trabalhadores rurais sem-terra passa, necessariamente,pela reorganização dos direitos de propriedade e pela constituição de arranjos sociais parao efetivo controle dos recursos comuns, como respostas tanto ao colapso dos regimes de propriedadeque caracterizavam o latifúndio quanto aos conflitos entre as próprias famílias assentadas e com atoressociais externos referentes à exploração dos recursos naturais. O trabalho revela como as contradiçõesentre a utilização efetiva dos recursos comuns e as formas institucionalizadas de proteção da natureza (asáreas de preservação permanente e de reserva legal) e a morosidade na definição do parcelamento criamincertezas que favorecem situações de “tragédia dos comuns” e dificultam a emergência de iniciativas de conservação ambiental.Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais sobre trabalhos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. O conteúdo dos trabalhos publicados é de inteira responsabilidade dos autores. A DMA é um periódico de acesso aberto (open access), e adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Não Adaptada (CC-BY), desde janeiro de 2023. Portanto, ao serem publicados por esta Revista, os artigos são de livre uso para compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial). É preciso dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Os conteúdos publicados pela DMA do v. 53 de 2020 ao v. 60 de 2022 são protegidos pela licença Creative Commons Atribuição – Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional.
A DMA é uma revista de acesso aberto desde a sua criação, entretanto, do v.1 de 2000 ao v. 52 de 2019, o periódico não adotava uma licença Creative Commons e, portanto, o tipo de licença não é indicado na página inicial dos artigos.