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A magmática poesia de Maria Grazia Calandrone

Patricia Peterle

Resumo


Maria Grazia Calandrone (Milão 1964), jornalista, escritora, dramaturga, artista visusal, é uma das poetas mais importantes de sua geração. Em alguns poemas de Serie fossile (Crocetti, 2015), um cancioneiro amoroso, Calandrone traz o tempo, a vivência do tempo para o primeiro plano. Nessa operação, a experiência amorosa (e seu relato), que também é política como se lê na epígrafe que abre Giardino della gioia (2019), é fundamental, uma vez que dela fazem parte a presença do outro, a comunhão com o outro, a relação necessária e vital com a natureza e os animais. Os versos, numa língua magmática, tratam do inefável, de corpos humanos e não, sensações e percepções que expõe a ancestralidade presente desde o título do livro (fóssil).

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v106i1.90433