Traços aspectuais do pretérito imperfeito do indicativo e do passado progressivo no português em contextos de variação

Autores

  • Raquel Meister K. Freitag

DOI:

https://doi.org/10.5380/rel.v72i0.7547

Palavras-chave:

imperfectivo, passado progressivo, pretérito imperfeito, equivalência semântica

Resumo

Com base na análise de Molendijk (2005) do imparfait francês

e do passado progressivo do inglês, este estudo enfoca os

contextos de equivalência semântica do pretérito imperfeito

(IMP) e do passado progressivo (PPROG) no português brasileiro.

Assim como no estudo de Molendijk, as formas no português

apresentam especificidades, mas em alguns contextos

temporais-aspectuais, podem funcionar como variantes. Outros

estudos, como Castilho (2003) e Wachowicz (2003), sugerem

que IMP e PPROG estão ocorrendo com a mesma função

semântica no português brasileiro. Os dados analisados

apontam que a função semântica em que IMP e PPRPG

apresentam a mesma função semântica é a de situação passada

episódica em curso. Essa função toma os pontos de Reichenbach

(1947) [tempo de referência (R), tempo de fala (F) e tempo de

evento (E)], os traços aspectuais lexicais de Bertinetto (2001),

a noção aspecto verbal de Borba Costa (1997), e a relação

aspectual de inclusão/exclusão (GODOI, 1992). A função é

caracterizada pelos seguintes traços: ordenação: anterioridade

e sobreposição (tempo); inclusão do intervalo de R em E

(aspecto); número verbal: singular; traço lexical [+

duratividade]. As formas podem ser consideradas variantes

ou equivalentes semânticos quando apresentam esses traços.

Biografia do Autor

Raquel Meister K. Freitag

Doutora em Lingüística, área de concentração “Sociolingüística”.
Professora do Núcleo de Graduação em Letras da Universidade Federal de Sergipe

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Como Citar

Freitag, R. M. K. (2007). Traços aspectuais do pretérito imperfeito do indicativo e do passado progressivo no português em contextos de variação. Revista Letras, 72. https://doi.org/10.5380/rel.v72i0.7547

Edição

Seção

Dossiê: Workshop 2006