Modo - O caso do Karitiana
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v101i0.72538Palavras-chave:
Modo, Modalidade, Línguas IndígenasResumo
Este artigo descreve a expressão do modo em uma língua nativa brasileira – o Karitiana (Tupi). Abordaremos duas questões gerais: (i) qual seria a definição adequada para a categoria gramatical de modo; e (ii) como essa categoria é marcada pelas línguas humanas. Também tentamos responder à questão específica sobre a semântica dos morfemas chamados de modo por Storto (2002) na língua Karitiana. A definição de modo explícita ou implícita nas gramáticas tradicionais e em muitos trabalhos em Linguística combina muitas vezes dois conceitos distintos: (i) modo enquanto marca gramatical de atos de fala (Bybee, 1985; Foley & Van Valin, 1984); e (ii) modo enquanto marca gramatical de modalidade (Palmer, 2001). Com base em dados da língua Karitiana, neste artigo, apoiamos a tese de Portner (2011) de que existem duas de categorias gramaticais distintas, às que chamamos de modo ilocucional e de modo modal. Argumentamos da importância desta distinção. Storto (1999; 2002) afirma que a língua Karitana possui seis morfemas de modo: declarativo; assertivo; imperativo; condicional; deôntico; e citativo. A análise da autora baseia-se principalmente na morfossintaxe do complexo verbal na língua Karitiana. Defendemos que apenas o modo modal ocorre como flexão verbal na língua Karitiana. Os outros morfemas classificados como modo pela autora, não se comportam de acordo com as definições para os dois tipos de modo. Os dados em que baseamos nossa análise foram coletados através de duas metodologias de trabalho de campo: ocorrência em narrativas; e elicitação contextualizada (Matthewson, 2004; Sanchez-Mendes, 2014).
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