A hora da estrela – história de aflição e aflição das formas
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v98i0.61439Palavras-chave:
Clarice Lispector, pobreza e representação, cena enunciativaResumo
O artigo busca através da análise de algumas cenas e procedimentos de A hora da estrela, 1977, de Clarice Lispector, revisitar alguns aspectos formais – romanesco, autobiográfico, ensaístico, dramático – para a suspensão dos nomes, o perguntar e a falta de resposta. Formas que não deveriam permitir nenhum enunciado generalizante, consensual, pois são elas que engendram e são engendradas por uma moça nordestina que, em sua existência rala, foi vista pelo narrador numa rua do Rio de Janeiro. Talvez a maior crueldade do livro esteja neste ponto: fazer perguntas, as mais agudas, não salva Macabéa do pior que, no fim do livro, não poderia ser mais concreto: a sarjeta. E o pior, também ele, ou sobretudo ele, não deixa de exigir uma forma.
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