A hora da estrela – história de aflição e aflição das formas

Autores

  • Flavia Trocoli Xavier da Silva UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.5380/rel.v98i0.61439

Palavras-chave:

Clarice Lispector, pobreza e representação, cena enunciativa

Resumo

O artigo busca através da análise de algumas cenas e procedimentos de A hora da estrela, 1977, de Clarice Lispector, revisitar alguns aspectos formais – romanesco, autobiográfico, ensaístico, dramático – para a suspensão dos nomes, o perguntar e a falta de resposta. Formas que não deveriam permitir nenhum enunciado generalizante, consensual, pois são elas que engendram e são engendradas por uma moça nordestina que, em sua existência rala, foi vista pelo narrador numa rua do Rio de Janeiro. Talvez a maior crueldade do livro esteja neste ponto: fazer perguntas, as mais agudas, não salva Macabéa do pior que, no fim do livro, não poderia ser mais concreto: a sarjeta. E o pior, também ele, ou sobretudo ele, não deixa de exigir uma forma.

Biografia do Autor

Flavia Trocoli Xavier da Silva, UFRJ

Professora Adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui graduação em Licenciatura em Letras pela Universidade Estadual de Campinas (1997), mestrado em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (2000), doutorado em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (2004) e Pós-Doutorado em Linguística (2004-2007) pela Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária, Literatura Comparada e Literatura e Psicanálise. É membro-fundador do Centro de Pesquisas Outrarte - psicanálise entre ciência e arte, do IEL/UNICAMP.
   

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Publicado

2019-11-05

Como Citar

da Silva, F. T. X. (2019). A hora da estrela – história de aflição e aflição das formas. Revista Letras, 98. https://doi.org/10.5380/rel.v98i0.61439

Edição

Seção

Número temático: As muitas coisas de Clarice Lispector