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ESTRATÉGIAS DE ADAPTAÇÃO, REFORMULAÇÃO E ARGUMENTAÇÃO EM MONOGRAFIAS: UM ESTUDO DE RETEXTUALIZAÇÃO NA ESCRITA ACADÊMICA

Clara Regina Rodrigues de Souza, Williany Miranda da Silva

Resumo


A monografia mobiliza um processo interno de retextualização, em consequência da constituição do seu texto de análise de dados relacionar componentes inerentes à introdução: pergunta de pesquisa ou hipótese e objetivos. Nesse trabalho, a questão-problema que se propõe a investigar é: Será que as estratégias de retextualização na “seção de análise de dados” são responsáveis por legitimar a produção de monografias?  Para tanto, objetiva-se, interpretar as estratégias de escrita implicadas na referida seção deste gênero. A metodologia desenvolvida apoia-se em Strauss e Corbin (2008) em defesa de uma abordagem de cunho descritivo-interpretativista e de investigação qualitativa para a apreciação de seis monografias, defendidas entre 2009-2011, produzidas por sujeitos advindos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), dos Cursos de Licenciatura Plena em Letras e de Bacharelado em Ciências Sociais, respectivamente, do Centro de Humanidades, da UFCG. Dentre os pressupostos teóricos utilizados, Marcuschi ([2001] 2010) e Matencio (2002; 2003; 2004) embasam a investigação sobre o fenômeno investigado na escrita deste gênero. Após a constatação do alto índice de estratégias básicas de reformulação no processo de produção de conhecimento, são reconhecidos processos de adaptações textuais e discursivas, para que as questões, postas na introdução, sejam respondidas, na seção de análise de dados, legitimando, assim, uma pesquisa realizada.


Palavras-chave


Monografia; Retextualização; Estratégias de escrita

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v93i1.41676