Sobre pessoa e referencialidade no português
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v91i0.39836Palavras-chave:
1ª pessoa pronominal, referencialidade, relativização de traços-Resumo
O objetivo deste trabalho é discutir o comportamento da 1ª pessoa do singular no português a partir de dados de primeira pessoa do singular não marcada no português brasileiro (PB) encontradas em dados do português afro-brasileiro coletados na comunidade de Helvécia, Bahia e Muquém, Alagoas. O trabalho parte da análise de Brito e Carvalho (2014), que relacionam a estrutura de pro ao mecanismo de licenciamento que torna possível que, ainda que a morfologia de primeira pessoa do singular não esteja presente na flexão verbal, esta seja a referência recuperada por pro, uma vez que, segundo Rizzi (1986), pro deve ser identificado e, para tanto, herda os traços phi do licenciador. Esta análise é, então, reinterpretada a partir da noção de relativização de traços, proposta inicialmente por Preminger (2014), assumindo-se um mecanismo de concordância também relativizado.
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