COMPOSIÇÃO E CONFISSÃO - OS DOIS PROCESSOS DE JULIANO PAVOLLINI
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v39i0.19155Resumo
Juliano Pavollini insere-se na tradição do romance memorialista, caracterizando-se com uma autoconfissão. Este trabalho, baseado nos pressupostos teóricos de Mikhail
Bakhtin, busca mostrar como o processo composicional da
obra vem determinado pela intensa participação do discurso do
outro (a psicóloga Clara) - neutralizando-se a sua aparente
orientação monológica. Neste sentido, o discurso e a consciência do suposto-autor voltam-se para a consciência do outro, num diálogo implícito mas sempre presente. Este processo, trabalhadocom maestria pelo escritor Cristovão Tezza, dá à narrativa uma notável particularidade artística, comprovando que a relação do indivíduo consigo mesmo não se separa de sua relação com o outro, que lhe determina, inclusive, a evolução temática da autoconfissão e do autoconhecimento.
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.Para o caso de submissão de traduções, deverão ser verificados os requisitos de cessão de direitos autorais constantes da seção de Diretrizes para Autores.