COMPOSIÇÃO E CONFISSÃO - OS DOIS PROCESSOS DE JULIANO PAVOLLINI

Autores

  • Rosse Marye Bernardi UFPR

DOI:

https://doi.org/10.5380/rel.v39i0.19155

Resumo

Juliano Pavollini insere-se na tradição do romance memorialista, caracterizando-se com uma autoconfissão. Este trabalho, baseado nos pressupostos teóricos de Mikhail
Bakhtin, busca mostrar como o processo composicional da
obra vem determinado pela intensa participação do discurso do
outro (a psicóloga Clara) - neutralizando-se a sua aparente
orientação monológica. Neste sentido, o discurso e a consciência do suposto-autor voltam-se para a consciência do outro, num diálogo implícito mas sempre presente. Este processo, trabalhadocom maestria pelo escritor Cristovão Tezza, dá à narrativa uma notável particularidade artística, comprovando que a relação do indivíduo consigo mesmo não se separa de sua relação com o outro, que lhe determina, inclusive, a evolução temática da autoconfissão e do autoconhecimento.

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Como Citar

Bernardi, R. M. (1990). COMPOSIÇÃO E CONFISSÃO - OS DOIS PROCESSOS DE JULIANO PAVOLLINI. Revista Letras, 39. https://doi.org/10.5380/rel.v39i0.19155

Edição

Seção

Estudos Literários