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O PRINCÍPIO DE PROJEÇÃO ESTENDIDA NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

Esmeralda Vailati Negrão

Resumo


Neste trabalho, parto da tese de que o português brasileiro (PB) é uma língua que pode ser tipológicamente caracterizada como língua voltada para o discurso, ou seja, uma língua que privilegia marcar, na sintaxe aberta, a função informacional dos constituintes de sua sentença, ou seja, funções como tópico do discurso ou foco, ou ainda, o escopo de sintagmas quantificados. A impossibilidade da interpretação de escopo invertido de certas sentenças do PB é tomada como evidência de que a predicação primária (noção que está sendo usada para nomear a relação entre os dois constituintes maiores que formam uma sentença), não obrigatoriamente obedece o princípio de projeção estendida (EPP) tal como proposto pela teoria gerativa no modelo de princípios e parâmetros, mas pode se estabelecer entre um DP, OU QP, e os constituintes incluídos em projeções máximas de categorias funcionais como TP e até mesmo projeções integrantes do sistema CP, que, transformadas em predicado, às vezes pela atuação de algum operador, predicam desse DP, ou QP, na posição de especificador de tal projeção. Em trabalho recente, Chomsky (1998) abre a possibilidade de as línguas variarem com relação à satisfação do EPP, agora tratado como um traço de categorias funcionais, embora ainda considere o traço EPP de T como universal. Investigo, então, as conseqüências dessa abertura para o tratamento das sentenças do PB contendo sintagmas quantificados, para que os seus padrões de escopo possam ser derivados por meio de uma solução mais econômica 

Palavras-chave


Teoria gerativa; escopo de sintagmas quantificados; forma lógica; categorias funcionais

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v56i0.18410