ENSINO MÉDIO NA TRÍPLICE FRONTEIRA AMAZÔNICA: PERSPECTIVAS EDUCACIONAIS E LABORAIS DE JOVENS CONCLUINTES
DOI:
https://doi.org/10.5380/jpe.v19i1.99673Palavras-chave:
Política Educacional, Direito à Educação, Ensino Médio, Tríplice Fronteira AmazônicaResumo
A partir da pesquisa realizada nas cidades transfronteiriças Tabatinga (Brasil), Letícia (Colômbia) e no povoado de Santa Rosa Del Yavarí (Peru) aborda-se as perspectivas educacionais e laborais de jovens matriculados no último ano do Ensino Médio. Os dispositivos legais dos três países; os dados socioeconômicos; os registros da observação de campo e os dados do questionário, respondido por 189 estudantes, foram organizados sob semelhanças e diferenças que viabilizaram uma análise comparativa a partir de três conceitos centrais: totalidade, contradição e mediação. O maior número de matrículas na última etapa da Educação Básica foi o critério para a escolha das escolas. As garantias ao direito à educação estão manifestadas nos dispositivos legais dos três países. Quanto às perspectivas educacionais, a intenção de continuidade dos estudos, em nível superior ou técnico, foi apontada por 46% dos estudantes de Santa Rosa e por mais de 60% dos estudantes de Tabatinga e de Letícia. No que tange às perspectivas laborais, 27%, 10% e 13% dos estudantes de Tabatinga, Letícia e Santa Rosa, respectivamente, revelam perspectivas em trabalhar. Quando questionados acerca da permanência na região fronteiriça ao término da Educação Básica, 47% dos estudantes de Tabatinga, 77% dos estudantes de Letícia e 73% dos estudantes de Santa Rosa manifestaram interesse em migrar para outras localidades. O estudo permite concluir que as relações socioeconômicas interferem dialeticamente nas expectativas dessas juventudes após a conclusão da Educação Básica.
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