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A VISÃO DO MUNDO VIVIDO RIBEIRINHO NAS OBRAS DE CHARLES WAGLEY

Klondy Lúcia de Oliveira Agra, Adnilson de Almeida Silva

Resumo


Os espaços de vivências ribeirinhas na Amazônia tem sido tema de pesquisas diversas. Neste artigo, através de pesquisa bibliográfica, analisamos como a pesquisa tem tratado esse tema. Com o objetivo principal de conhecer o homem e a mulher amazônicos, ou seja, conhecer e compreender como é representada a (s) identidade (s) cultural (ais) do povo ribeirinho da Amazônia sob olhares diversos. O presente artigo apresenta a visão do mundo vivido ribeirinho presente nas obras do antropólogo Charles Walter Wagley, um dos primeiros cientistas americanos a trabalhar nas chamadas “terras baixas” da América do Sul no Brasil, notadamente na Amazônia, tendo influenciado vários pensadores brasileiros como é o caso do antropólogo Eduardo Enéas Gustavo Galvão. Wagley deu importante contribuição à ciência por meio de várias obras, sendo que “Uma comunidade amazônica, um estudo do homem nos trópicos” é considerada como a mais importante e se tornou uma referência clássica não somente para a Antropologia, mas também para outras áreas do conhecimento relacionadas à sociedade e à humanidade. É importante destacar que a visão de mundo pelo olhar do outro em vários momentos da história humana é tido como “enviesado”, o que carrega consigo a ideia de colonialismo – nesse caso acadêmico – sobre homens e mulheres que compartilham signos, significados, representações, experiências, vivências e modos de vida que se confrontam e consubstanciam-se como “encontro de sociedades”, conforme descrito por Eduardo Galvão. O entender o homem e a mulher amazônicos em suas múltiplas representações (ribeirinhos, caboclos, beiradeiros, indígenas, extrativistas, entre outros) passam pela lógica de que a compreensão de suas temporalidades e territorialidades possui códigos distintos de apropriação, cujo sentido consiste na interpretação e vivências com o meio onde estabelecem relações sociais, mítico-religiosas e culturais.


Palavras-chave


Amazônia; Cultura; Ribeirinhos.

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ARTIGO AUTORIZAÇÃO


DOI: http://dx.doi.org/10.5380/geografar.v8i2.30638