A VISÃO DO MUNDO VIVIDO RIBEIRINHO NAS OBRAS DE CHARLES WAGLEY

Autores

  • Klondy Lúcia de Oliveira Agra Faculdade Interericana de Porto Velho
  • Adnilson de Almeida Silva Universidade Federal de Rondônia - UNIR

DOI:

https://doi.org/10.5380/geografar.v8i2.30638

Palavras-chave:

Amazônia, Cultura, Ribeirinhos.

Resumo

Os espaços de vivências ribeirinhas na Amazônia tem sido tema de pesquisas diversas. Neste artigo, através de pesquisa bibliográfica, analisamos como a pesquisa tem tratado esse tema. Com o objetivo principal de conhecer o homem e a mulher amazônicos, ou seja, conhecer e compreender como é representada a (s) identidade (s) cultural (ais) do povo ribeirinho da Amazônia sob olhares diversos. O presente artigo apresenta a visão do mundo vivido ribeirinho presente nas obras do antropólogo Charles Walter Wagley, um dos primeiros cientistas americanos a trabalhar nas chamadas “terras baixas” da América do Sul no Brasil, notadamente na Amazônia, tendo influenciado vários pensadores brasileiros como é o caso do antropólogo Eduardo Enéas Gustavo Galvão. Wagley deu importante contribuição à ciência por meio de várias obras, sendo que “Uma comunidade amazônica, um estudo do homem nos trópicos” é considerada como a mais importante e se tornou uma referência clássica não somente para a Antropologia, mas também para outras áreas do conhecimento relacionadas à sociedade e à humanidade. É importante destacar que a visão de mundo pelo olhar do outro em vários momentos da história humana é tido como “enviesado”, o que carrega consigo a ideia de colonialismo – nesse caso acadêmico – sobre homens e mulheres que compartilham signos, significados, representações, experiências, vivências e modos de vida que se confrontam e consubstanciam-se como “encontro de sociedades”, conforme descrito por Eduardo Galvão. O entender o homem e a mulher amazônicos em suas múltiplas representações (ribeirinhos, caboclos, beiradeiros, indígenas, extrativistas, entre outros) passam pela lógica de que a compreensão de suas temporalidades e territorialidades possui códigos distintos de apropriação, cujo sentido consiste na interpretação e vivências com o meio onde estabelecem relações sociais, mítico-religiosas e culturais.

Biografia do Autor

Klondy Lúcia de Oliveira Agra, Faculdade Interericana de Porto Velho

Mestrado em Lingüística pela Universidade Federal de Rondônia (2004), especialização em Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Rondônia (1999), graduação em Letras Inglês e suas Literaturas pela Universidade Federal de Rondônia (1996), graduação em Letras Português e Inglês pela Universidade Federal do Pará (1983) e graduação em Pedagogia - Administração Escolar pela Universidade Federal do Pará (1977). Atualmente é professora de Língua Inglesa e Comunicação Empresarial da Faculdade Interamericana de Porto Velho - UNIRON. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Semântica e Pragmática, atuando principalmente nos seguintes temas: tradução - sentido - interdisciplinariedade - percepção e representação - formação do professor. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPR.

Publicado

2013-12-20

Como Citar

Agra, K. L. de O., & Silva, A. de A. (2013). A VISÃO DO MUNDO VIVIDO RIBEIRINHO NAS OBRAS DE CHARLES WAGLEY. REVISTA GEOGRAFAR, 8(2), 160–179. https://doi.org/10.5380/geografar.v8i2.30638

Edição

Seção

Artigos