Comunicação em rede: relato de experiência com trabalhadores informais autônomos de Araçuaí-MG
DOI:
https://doi.org/10.5380/ef.v0i27.80958Palavras-chave:
Pandemia. Trabalho Informal. Comunicação em Rede. Economia.Resumo
A COVID-19 vem inviabilizando a garantia e manutenção de serviços informais autônomos, agravando ainda mais as desigualdades no Brasil. A questão que se coloca, portanto, é como amparar a continuidade dos trabalhos informais autônomos sem romper com as políticas de isolamento e distanciamento social? Nesse sentido, este trabalho buscou construir uma comunicação em rede com os trabalhadores informais de Araçuaí-MG, cujo objetivo foi divulgar os serviços e produtos oferecidos, como também, auxiliar na divulgação de boletins epidemiológicos do município por meio de páginas em redes sociais, sendo elas, Facebook e Instagram. Para identificação dos trabalhadores do Mercado Municipal e ambulantes, público-alvo do projeto, foram utilizados a base de dados cadastrais da Prefeitura. Constatou-se que, mesmo com a crise econômica, a resistência e desconfiança dos próprios trabalhadores em participar do projeto foi uma variável importante a ser considerada, bem como, a efetividade da rede em regiões economicamente desfavorecidas. Reconhece-se que, apesar das diversas atualizações dos estudos acerca do capitalismo digital que buscou fugir da visão utilitarista da rede, proposta principalmente na década de 90, é inegável que o neoliberalismo vem produzindo uma classe de marginalizados, suscetíveis aos efeitos da necropolítica e de novas formas neocolonialistas de regime de trabalho, em que o controle sobre seus corpos, passa a ser do próprio indivíduo.
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