Traçados acessíveis
características das produções escritas de estudantes universitários com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
DOI:
https://doi.org/10.1590/1984-0411.88215Palavras-chave:
TEA, Ensino Superior, Escrita, Gêneros TextuaisResumo
Há ainda uma escassez de estudos que abordem a escrita do estudante com Transtorno do Espectro Autista
(TEA) na fase adulta. Embora se admita que o ingresso de pessoas com TEA no ensino superior é ainda um
fenômeno recente, este tem se tornado cada vez mais comum e o referido nível de estudo requer práticas de
escrita bastante complexas. Obviamente, o ato de escrever não nasce nesse momento, já que a linguagem
escrita é construída ao longo do desenvolvimento do sujeito, mas pode ser potencializada, e/ou dificultada,
a depender das barreiras vivenciadas ou mediações oferecidas. No presente trabalho, esse caminho foi
revisitado por meio da análise das produções escritas de 14 estudantes com TEA, de cinco Universidades
Federais do sul do Brasil, com o intuito de apontar algumas particularidades das produções textuais do grupo
em estudo. Os resultados, analisados pelo viés da linguística textual e pelo aporte discursivo, apontam que
a produção textual, de modo geral, precisa de indicações detalhadas e as práticas “disfuncionais” devem ser
reinterpretadas como formas alternativas de construção de sentidos. Mas, sobretudo os achados, indicam
que as possíveis particularidades comportamentais do TEA (grande capacidade mnemônica, seguimento de
regras, foco nos detalhes) surgem também nos escritos e as dispersões encontradas são reflexos da tentativa
de controle dos sentidos e da contenção da complexidade da linguagem.
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