Entre o cinismo e a hipocrisia: o novo ciclo de reformas educacionais no Brasil
Palavras-chave:
Reformas Educacionais, Trabalho Docente, Banco Mundial, Eficiência, GestãoResumo
Estamos diante de um novo ciclo de reformas educacionais no Brasil, concebido a partir de uma lógica de controle técnico, burocrático e gerencial do trabalho docente, que retoma processos colocados em prática nas décadas de 1980 e 1990 em diversas partes do mundo. Com o intuito de compreender os agentes, os interesses e as estratégias presentes neste novo ciclo, analisamos documentos publicados por organismos internacionais e institutos financiados por grupos empresariais, com atuação no Brasil e no mundo, que têm lugar de destaque na elaboração das atuais políticas educacionais. Na análise realizada, verificamos que o objetivo é a contenção dos investimentos diretos em educação pública. Para tanto, propõem-se mudanças na forma de contratação e organização das carreiras docentes no país, consideradas responsáveis pela crise orçamentária brasileira. As análises demonstraram a importância de compreender quem são os principais agentes do novo ciclo de reformas educacionais, bem como os interesses que expressam. Trata-se de ação fundamental na luta pela construção de uma escola pública equitativa e democrática no Brasil que passa pela ampliação dos investimentos com o intuito de garantir as condições fundamentais para a ação educativa.
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