A figura astuta da igualdade no discurso da Justiça Restaurativa

Autori

  • Betina Schuler PUC/RS
  • Paula Correa Henning UFRS

Parole chiave:

Justiça Restaurativa, Igualdade, Inclusão, Escola.

Abstract

Este artigo problematiza o conceito de igualdade, tal como um valor de verdade, funcionando no discurso da Justiça Restaurativa, a partir da análise de práticas discursivas na cidade de Porto Alegre/RS. Discurso que opera na lógica da inclusão de todos no espaço escolar, apostando na existência do funcionamento igual do humano e a escola tendo a função dessa formação. Uma inclusão que, ao mesmo tempo, afirma um “espaço de dentro” e um suposto “eu” das ciências humanas, agora atravessadas pelas ciências jurídicas. Vivemos uma biopolítica contemporânea que, buscando o gerenciamento do risco, mesmo que em potencial, produz um achatamento do que não se constituiu como mesmidade, na tentativa de garantir os “direitos de todos”, pois este seria o preço cobrado pelo contrato da igualdade. Um discurso que funciona pela “defesa” das diferenças, trabalhada como o outro da identidade a ser resgatado e tornado igual. Uma biopolítica em nome da defesa da sociedade por meio do autogoverno num pan-óptico generalizado. E, junto a tais movimentos, poderíamos pensar em práticas de resistência que buscariam outras experimentações nesse campo educacional, tal como brechas de respiro, não para buscar instalar, então, uma verdade ainda mais verdadeira, mas justamente se colocando nesse jogo da verdade na problematização dos modos como estamos sendo governados e as implicações disso em nosso presente. Talvez um apostar em práticas pontuais, não generalizadas, desapegando-se de tantas identidades e encaminhamentos já disponíveis.

Biografie autore

Betina Schuler, PUC/RS

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Professora da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre/RS.

Paula Correa Henning, UFRS

Doutora em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Professora adjunta do Instituto de Educação, do Programa de Pós-graduação em Educação Ambiental e do Programa de Pós-graduação Educação em Ciências da Universidade Federal do Rio Grande/RS.

Pubblicato

2011-12-08

Come citare

Schuler, B., & Henning, P. C. (2011). A figura astuta da igualdade no discurso da Justiça Restaurativa. Educar Em Revista, 28(43), p. 225–237. Recuperato da https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/15709

Fascicolo

Sezione

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