“A escola tá mais... Escolar”: a implantação do tempo integral em uma escola de Ensino Fundamental na perspectiva discente

Auteurs-es

  • Dília Maria Andrade Glória Universidade Federal de Minas Gerais

Mots-clés :

tempo integral, alunos, ensino fundamental, escola pública.

Résumé

Este artigo tem por objetivos analisar, a partir da ótica discente, como tem sido a implantação do tempo integral em uma escola pública de Ensino Fundamental e contribuir para a discussão e a avaliação das políticas educacionais no país acerca desta temática. Para tanto, realizou-se um estudo qualitativo em que se fez uso de entrevistas individuais semiestruturadas e grupos focais junto a alunos, observação do cotidiano escolar e análise documental. Verificou-se que o alunado queixa-se de forma recorrente do cansaço advindo com a forma pela qual os tempos e os espaços escolares têm sido utilizados e ressignificados com a adoção do tempo integral. O grupo pesquisado tende a reconhecer a importância do capital escolar, mas enfatiza especialmente o aspecto socioafetivo presente na escolarização. A perspectiva discente é que a escola está ainda “mais escolar”: conteudista, desenvolvendo o mesmo tipo de atividades, pouco atraentes, em espaços convencionais e/ou inadequados, e tornando o processo de ensino-aprendizagem insuficientemente producente. Assim, se faz necessária uma adequação pedagógica do tempo-espaço escolar, garantindo-se novas e diversificadas oportunidades de aprendizagem, com maior respeito às demandas dos educandos.

Biographie de l'auteur-e

Dília Maria Andrade Glória, Universidade Federal de Minas Gerais

Professora do Centro Pedagógico da UFMG e Pesquisadora Associada ao OSFE - Observatório Sociológico Família-Escola, Grupo de Pesquisa da Faculdade de Educação da UFMG

Publié-e

2016-03-30

Comment citer

Glória, D. M. A. (2016). “A escola tá mais. Escolar”: a implantação do tempo integral em uma escola de Ensino Fundamental na perspectiva discente. Educar Em Revista, 32(59), p. 193–210. Consulté à l’adresse https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/43960

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