A REDUCA como semeadora de consensos na América Latina
avaliação, padronização e subordinação
DOI:
https://doi.org/10.1590/1984-0411.94040Palabras clave:
REDUCA, Reformas Educacionais, Consensos, América Latina, AvaliaçãoResumen
A América Latina tem sua história marcada por processos brutais de expropriação por parte das potências europeias desde o século XVI. Guerras, reformas, lutas pela independência e revoluções convivem com o assédio dos países imperialistas, em conluio com as diferentes frações burguesas da região, pela manutenção de uma condição de subordinação. Com base nisso, o presente artigo visa refletir sobre os consensos que as frações empresariais, articuladas em torno da Rede Latino-Americana de Organizações da Sociedade Civil pela Educação (REDUCA), formularam para a educação na América Latina nas últimas décadas. A REDUCA foi oficialmente lançada em Brasília no ano de 2011, com o patrocínio do BID e de grandes empresas e fundações empresariais. Os principais documentos analisados defendem que as economias latino-americanas padecem de baixa produtividade, sustentando o argumento de que o aumento na escolaridade da população amplia diretamente a produtividade, pressupondo uma relação linear entre educação e competitividade empresarial. Nesse bojo, o BID e demais organismos supranacionais impulsionam a formação de redes sociais, como a REDUCA, que se constitui de diversos ‘aparelhos privados de hegemonia’, nos termos gramscianos, para atuar na efetivação de reformas educacionais, implantando avaliações em larga escala, padronizações curriculares e controle do trabalho docente.
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