Egressos de escolas federais e o acesso aos cursos mais seletivos da Universidade Federal de Minas Gerais antes e depois das políticas de ações afirmativas
DOI:
https://doi.org/10.1590/1984-0411.91576Palabras clave:
Estratificação na Educação Básica, Estratificação na Educação Superior, Escolas Federais, Acesso ao Ensino SuperiorResumen
Pesquisas mostram que os egressos de escolas federais tendem a ingressar no ensino superior em proporções superiores às dos estudantes das demais escolas públicas. O artigo analisa como essa vantagem relativa foi afetada pela implantação das políticas de ações afirmativas da Universidade Federal de Minas Gerais. Para isso, analisa-se a participação dos estudantes de escolas federais nos dez cursos de graduação mais seletivos da instituição em três momentos: 2005 (antes das políticas de ações afirmativas), 2010 (período de vigência de uma política local de bônus) e 2018 (período de vigência da Lei de Cotas - 12.711/2012). A partir de dados disponibilizados pela Pró-Reitoria de Graduação, identificou-se que está havendo uma importante democratização do acesso aos cursos mais seletivos da UFMG, com maior presença de egressos de escolas públicas. A participação dos estudantes das escolas federais duplicou ao longo do período e a participação dos estudantes das escolas estaduais/municipais triplicou. Pode-se dizer que houve intensificação da sobrerrepresentação dos estudantes das escolas federais e diminuição da sub-representação dos estudantes das escolas estaduais e municipais. Na análise de dois cursos de carreiras extremamente seletivas, Medicina e Engenharia Química, identificou-se que o crescimento do número de estudantes das escolas federais é superior ao dos estudantes das escolas municipais e estaduais, indicando que nesse caso as desigualdades entre tipos de escola pública têm se ampliado.
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