Aprendizagens do “tornar-se”, das experiências formadoras e da visibilidade: aproximações entre autobiografias e educação
Palavras-chave:
Educação. Aprendizagem. Autobiografias. Aprendizagem biográfica.Resumo
Ainda que a educação seja um empreendimento coletivo, histórico e circunstanciado, a dinâmica do sujeito da aprendizagem é perpassada por sua existencialidade e por sua singularidade. Nosso objetivo, neste artigo, é analisar aprendizagens biográficas significativas na construção do tornar-se escritor, nas autobiografias literárias de Manuel Bandeira (1886-1968), Lêdo Ivo (1924-2012) e Ferreira Gullar (1930-2016). O critério de variabilidade foi decisivo para a escolha desses autores, posto que suas obras são marcadas por diferentes gerações e escolas literárias. Nosso olhar tem como base abordagens (auto)biográficas em educação, que interrogam a experiência da formação na temporalidade do sujeito, partindo de um enfoque epistemológico no qual a subjetividade é crucial. Para tanto, consideramos, inicialmente, a discussão entre autobiografia e educação; posteriormente, avaliamos como as aprendizagens biográficas se apresentam nas trajetórias dos autores estudados. Os resultados das análises consideram três dinâmicas de aprendizagem em suas vidas: a) tornar-se si mesmo; b) as experiências formadoras constitutivas da escrita autobiográfica; c) a visibilidade ética e estética do mundo. Concluímos discutindo a importância dessas aprendizagens na proposição de uma educação para a singularidade que recupere esses elementos da aprendizagem biográfica de forma dinâmica e agregadora.
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