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Le sens du placement. Ségrégation résidentielle et segregation scolaire

Ana Lorena de Oliveira Bruel

Resumo


A pesquisa sobre os determinantes sócio-espaciais da mobilidade dos alunos entre escolas parisienses de centro e periferia e a diferenciação social das práticas de definição de instituição de ensino[1] realizada por Franck Poupeau e Jean-Christophe François (2008) oferece interessantes elementos de reflexão sobre as relações entre segregação residencial e escolar, bem como sobre a movimentação dos estudantes no interior do sistema de ensino público e a produção de desigualdades.

O estudo concebe o espaço como uma construção social e, ao mesmo tempo, como princípio estruturante das práticas sociais. As escolas se situam em espaços de concorrência, caracterizados como hierárquicos e desigualmente acessíveis, na medida em que escolas consideradas de prestígio situam-se habitualmente em bairros “emburguesados” e, portanto, financeiramente valorizados. A análise dos dados obtidos por meio da pesquisa procura identificar as diferentes estratégias de escolarização adotadas pelas famílias nesse espaço de concorrência.


[1] É importante lembrar que a definição das escolas em que os estudantes devem se matricular na França é feita pelo mecanismo chamado “Mapa Escolar”, por meio da qual o poder público atribui a escola ao aluno de acordo com a região de sua residência, ou seja, de forma setorizada. A família pode solicitar uma “isenção” da carta para obter o direito de matricular seu filho em outra escola. Isso deve ser feito por meio de uma solicitação oficial. Há também famílias que buscam estratégias informais para realizar a matrícula em outras instituições.


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