De que hoje padecem os professores da Educação Básica?

Autores

  • Marcelo Ricardo Pereira da Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Mal-estar docente, Padecimento psíquico, Educação básica, Psicanálise

Resumo

O artigo constrói um espectro possível que entremeia os territórios da educação e da saúde no que tange ao mal-estar docente de hoje. Trata-se de algo muito alardeado, mas nunca profunda ou suficientemente esclarecido sobre o padecimento psíquico de professores que se dizem cada vez mais deprimidos, estressados, esgotados, angustiados, hipermedicalizados, em pânico ou desistentes. Com base na psicanálise, mas sem hermetismos conceituais, o texto desce aos detalhes e revela as forças desse mal-estar: a inibição do professor de se colocar à prova, sua coragem moral invertida e o recuo de seu desejo. Passa-se a compreender não apenas o que docentes narraram sobre suas vidas e práticas, mas também o quanto o aspecto genealógico, o narcisismo e a ausência de saberes podem estar corroborando para manter uma “zona de depressão moral” em que certos profissionais produzem o pior para si mesmos. E o que fazer? Através da “pesquisa-intervenção de orientação clínica”, metodologia empregada para o trabalho, mostramos aos formadores e aos gestores educacionais dispositivos possíveis para que a palavra seja liberada, o sintoma seja destravado e a responsabilidade de cada um seja politizada.

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Publicado

2017-05-09

Como Citar

Pereira, M. R. (2017). De que hoje padecem os professores da Educação Básica?. Educar Em Revista, 33(64), p. 71–87. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/49815

Edição

Seção

Dossiê Temático