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Inventários, espaço, memória e sensibilidades urbanas

Antonio Gilberto Ramos Nogueira

Resumo


O artigo busca traçar algumas reflexões em torno da relação entre inventários e sensibilidades urbanas, tomando como base os desdobramentos do projeto “Patrimônio e História Local: Inventário de Referências Culturais do bairro Benfica (CE)”, desenvolvido no âmbito do Grupo de Estudos e Pesquisas em Patrimônio e Memória (GEPPM)/ Universidade Federal do Ceará (UFC)/Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ao identificar e documentar práticas, usos, apropriações e sentidos atribuídos por distintos sujeitos que estão ligados direta ou indiretamente aos espaços do bairro Benfica, diferentes sensibilidades foram acionadas revelando a história, a memória e o patrimônio da cidade. A aplicabilidade do inventário levantou a necessidade de problematizar a experiência sensível da urbe – marcas de outras temporalidades –, manifestada em sua materialidade e subjetividade. Nesta perspectiva, os inventários constituem-se como um exercício privilegiado de aprendizado no qual o dever da história e o lugar da memória, consubstanciados ao ensino da história, contribuem para desnaturalizar os usos do passado e o patrimônio da cidade. Com isso, o artigo aborda as potencialidades do inventário como recurso metodológico para a produção de conhecimento histórico e educação dos sentidos.

Palavras-chave


Inventários; patrimônio cultural; memória; sensibilidades urbanas

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