A redução da escola: a avaliação externa e o aprisionamento curricular

Autores

  • Maria Teresa Esteban Universidade Federal Fluminense
  • Andréa Rosana Fetzner Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

O trabalho apresenta pesquisas que abordam os reflexos da avaliação
externa na organização do trabalho docente e nas práticas curriculares. A
consolidação de um sistema nacional de exames é percebida como parte dos processos que produzem a subalternidade em confronto com propostas de democratização da escola pública. Problematiza-se a concepção de qualidade verificada nas políticas oficiais que atribuem à avaliação externa o poder de melhorar as práticas de aprendizagem-ensino e as bases de definição das finalidades e processos considerados legítimos na escola e suas relações com a produção de resultados escolares desiguais que historicamente penalizam crianças dos grupos sociais subalternizados. As práticas cotidianas colocam em tensão essa relação: dos objetivos das políticas públicas, razoavelmente afirmados pelas escolas em seus projetos pedagógicos, de democratização da educação escolar, com as ações escolares em que predominam exercícios
de treinamento para as provas e propostas curriculares com objetivos padronizados e fragmentados. Os resultados aferidos pelos exames lidos à luz de perspectivas contra-hegemônicas levam à indagação desse sistema e do projeto que o sustenta.

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Publicado

2015-07-09

Como Citar

Esteban, M. T., & Fetzner, A. R. (2015). A redução da escola: a avaliação externa e o aprisionamento curricular. Educar Em Revista, p. 75–92. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/41452

Edição

Seção

Dossiê Temático