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“Eu, professora” em face da implementação da Política Nacional de ampliação do Ensino Fundamental na rede municipal de Curitiba, PR

Catarina Moro

Resumo


Neste artigo se discute a visão de professoras acerca do vivido em decorrência da implementação do Ensino Fundamental de 9 anos. Trata-se de estudo qualitativo, na perspectiva da Psicologia Histórico-cultural. Foram realizadas entrevistas individuais com seis professoras do 1º Ano do Ensino Fundamental de 9 anos, da Rede Municipal de Curitiba. A análise das entrevistas teve como base a metodologia de Núcleos de Significação, proposta por Aguiar (2000, 2006) e Aguiar e Ozella (2006). A discussão focaliza o núcleo “Eu, professora” constituído para a interpretação da visão das professoras, articulado ao indicador “Sentimentos, dificuldades e soluções”, que desvelam, a partir de singularidades próprias, o modo como as professoras sentem e enfrentam a realidade decorrente da implementação da Lei nº 11.274/06. Os relatos indicam um grande hiato entre a experiência vivenciada e as expectativas das professoras quanto às condições necessárias para a efetivação de práticas educativas adequadas. Nesse processo de implementação da política de ampliação do Ensino Fundamental, parece não se ter atentado para o fato de que as crenças e pensamentos dos professores trazem implicações para a implantação das políticas em geral (MAINARDES, 2006; SANTOS;VIEIRA, 2006; GOMES, 2005; SAMPAIO; MARIN, 2004; BARRETO; MITRULIS, 1999), o que não é diferente para essa política, em específico.

Palavras-chave


Ensino Fundamental de 9 anos; professor; núcleo de significações; sentidos; implementação da política

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