Infância e adolescência: como chegam as queixas escolares à saúde mental?

Autores

  • Cristiana Carneiro UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
  • Luciana Gageiro Coutinho UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Palavras-chave:

infância, adolescência, estudo de caso, queixa escolar

Resumo

D

O presente trabalho discute os resultados de um estudo piloto realizado entre janeiro e junho de 2012 no Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Instituto de Psiquiatria da UFRJ. De caráter exploratório, através de análise documental, o estudo rastreou queixas ligadas à escolarização dentro do universo dos casos atendidos na triagem do referido período. Tem como objetivo, portanto, mapear as queixas escolares registradas na porta de entrada de um serviço universitário de psiquiatria. Apresenta as principais queixas provenientes de encaminhamentos feitos pela escola à saúde mental voltada para infância e adolescência, a partir de 285 fichas de triagem, bem como analisa idade e gênero da entrada no serviço. Discute, ainda, como são descritas as queixas escolares a partir de seis relatos de triagem, apontando para a importância em se destacar o contraditório na queixa inicial. Conclui que aproximadamente um terço do público que chega ao referido serviço de psiquiatria da infância e adolescência apresenta queixas iniciais envolvendo escolarização, sendo dificuldade de aprendizagem e agitação as prevalentes.

Palavras-chave: infância; adolescência; saúde mental; queixa escolar

Biografia do Autor

Cristiana Carneiro, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Psicanalista. Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992), especialização em psicanálise pela Universidade Santa Úrsula (1997)mestrado em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1997) e doutorado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002). Foi professora do curso de Especialização em Psicanálise da Associação Universitária Santa Ursula e do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro até 2009. Atualmente é professora adjunta da faculdade de educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenadora do NIPIAC (Núcleo Interdisciplinar de Estudo e Pesquisa para a Infância e Adolescência Contemporâneas).

Luciana Gageiro Coutinho, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1992), mestrado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1997) e doutorado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2002) com bolsa-sanduíche (CNPQ) em Paris VII. Atualmente é Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, onde integra o grupo de pesquisa Subjetividade, Educação e Cultura. É também pesquisadora associada ao NIPIAC (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Intercâmbio para a Infância e Adolescência Contemporâneas) da UFRJ. É psicanalista, membro do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro. Sua área de pesquisa e atuação concentra-se em Psicanálise e Educação, na interface com outras áreas das ciências humanas e sociais, com ênfase na questão da adolescência no contemporâneo, tanto do ponto de vista teórico quanto institucional e clínico. Dedica-se principalmente aos seguintes temas: adolescência, educação, psicanálise e novas formas de intervenção.

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Publicado

2015-06-19

Como Citar

Carneiro, C., & Coutinho, L. G. (2015). Infância e adolescência: como chegam as queixas escolares à saúde mental?. Educar Em Revista, 31(56), p. 181–192. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/37764

Edição

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