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De Abelardo até a classificação de Xangai:as universidades e a formação dos docentes

Bernard Charlot, Veleida Anahí da Silva

Resumo


As universidades contemporâneas estão enfrentando desafios que despertam dúvidas sobre o seu futuro: será que “a universidade de Abelardo” ainda tem um futuro na época da classificação de Xangai? Tendo em vista que a formação dos professores foi o principal objetivo das universidades do século XX, qual será o seu destino em universidades incitadas a focalizar a pesquisa? Começa-se por esboçar o tipo ideal da universidade: o que nela deve permanecer para que ainda se possa falar de “universidade”? São propostas oito características remetendo aos professores, a suas atividades, a suas relações com os poderes, com o ambiente e com outras instituições de ensino. A seguir, evidencia-se que a formação do professor de ensino primário ficou fora das missões das universidades, até há pouco tempo, mas que a do professor de ensino secundário foi o projeto central das universidades nos tempos modernos. Por que essa diferença? Por fim, analisam-se as principais evoluções contemporâneas do ensino superior: internacionalização, mercantilização e diferenciação. Avançam-se algumas hipóteses sobre o que será a formação dos docentes naquelas universidades do século XXI.

 


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