Panorama geral das Escolas Agrotécnicas Federais após a Reforma da Educação Profissional (1997-2003)
Palavras-chave:
Ensino técnico, Ensino médio, Reforma da Educação ProfissionalResumo
Este artigo pretende analisar a situação do ensino técnico brasileiro a partir da Reforma da Educação Profissional (REP) realizada durante o período de vigência do Decreto 2.208/97. Tal análise se embasa no panorama geral das Escolas Agrotécnicas Federais, as quais passaram por mudanças significativas no período de 1997 a 2003. Além da pesquisa bibliográfica e da análise de diversos documentos que nortearam a Reforma, a coleta dos dados considerados neste artigo contou ainda com uma pesquisa de campo que reuniu informações essencialmente qualitativas, por meio de entrevistas pré-estruturadas dirigidas a oito professores que compõem os quadros docentes de duas Escolas Agrotécnicas Federais (EAF) visitadas pelo pesquisador. Os resultados sugerem que professores e alunos tiveram que aderir à Reforma da Educação Profissional (REP) sem que houvesse tempo suficiente para o debate no interior das Escolas. Alterações como a separação entre ensino médio e ensino técnico, a adoção de currículos modulares e o uso de competências profissionais na organização de conteúdos trouxeram impactos negativos para as EAF, que vão desde a fragmentação da formação profissional até a redução da carga horária destinada às aulas práticas dos alunos. De fato, as mudanças promovidas pela Reforma foram suficientes para desmontar toda uma organização que historicamente vinha conferindo à rede de Escolas Agrotécnicas Federais o status de centros de excelência neste ramo de ensino profissionalizante.
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